quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dispostivo de interface para cegos


Venho apresentar meu trabalho de G1 que consiste em um dispositivo de interface para cegos. A idéia surgiu na aula do professor Jacques, de projeto, que apresentou um vídeo o qual mostrava uma senhora cega tentando acessar a Internet.

Para os deficientes visuais navegarem na Internet eles utilizam um software que lê todos os caracteres da tela. O problema é que na grande maioria das vezes os sites não são desenvolvidos pensando nesta acessibilidade, impossibilitando a navegação desta minoria. Usuários cegos não conseguem visualizar imagens (muitas vezes os textos estão dentro de uma imagem) nem muito menos sites em flash.

Sendo assim, resolvi pensar em como fazer para que o usuário cego pudesse visualizar toda a informação contida na tela, com o mínimo de perda possível.
Após uma breve pesquisa, encontrei um projeto conceitual do designer Jonathan Lucas, chamado Siafu.


Ele nada mais é do que um dispositivo que transforma toda a informação que está na tela em relevo. Além disso, possui a opção de transformar os caracteres em braile.

Porém, por ser um trabalho conceitual, não consegui reunir muitas informações, apenas imagens.

Tomei como referência este trabalho fantástico.

O quê?
Um dispositivo que permite um usuário cego acessar um computador de uma maneira mais fácil. O dispositivo transforma a informação da tela em relevo, permitindo o deficiente visual reconhecer a tela a partir do seu tato. Além disso, existe um modo “braile”, que transforma todo o conteúdo na tela (que possui caracteres) em braile.

Como?

Muitas pessoas já devem ter tido contato um brinquedo que é uma tela cheia de pinos. Ao arrastá-los eles se deformam, formando uma imagem com relevo:


O dispositivo aqui apresentado segue o mesmo conceito deste brinquedo, com pequenos ajustes. Temos uma tela com um número de pinos igual ao número de pixels da resolução do computador. Digamos que sejam 1024 (horizontal) x 768 (vertical) pinos.

Em baixo de cada pino encontramos um pequeno “motor” que vai regular a altura deste pino. Simultaneamente, temos o software do dispositivo. Este software vai pegar a imagem da tela e colocar em escala de cinza. Cada pixel, portanto, vai ter um valor atribuído à ele para definir a sua cor. Este valor varia de 0 (branco) à 255 (preto).

Feito isso, o software vai pegar a informação de cor de cada pixel e ajustar esse valor para a altura do pino correspondente àquele pixel. Este pino terá, portanto, 255 níveis de altura, quanto maior a altura do pino, mais próximo do preto está o pixel correspondente. Assim, conseguimos transformar uma imagem em relevo.

Abaixo está um exemplo de uma imagem que contém 10px x 10px e como ela ficaria representada neste dispositivo:


O modo braile é mais simples de se entender. O software acessa um banco de dados o qual define correspondentes em braile para cada caractere. Sendo assim, ele faz uma pesquisa rápida na tela, e para cada caractere encontrado ele move os pinos necessários para traduzi-lo no dispositivo, em braile.

Vale lembrar que este dispositivo não dispensa o mouse, essencial para acessar menus, links, etc. O ideal é que o usuário utilize uma mão para ler a tela e a outra para controlar o mouse.

Também seria possível utilizar este dispositivo conectado à videogames, televisores, câmeras digitais, etc...


Pra quê?
Com este dispositivo os deficientes visuais podem visualizar imagens e conseguem navegar em dispositivos virtuais com mais facilidade.

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